O fibroqueratoma digital adquirido geralmente é uma lesão única, que surge na vida adulta e se localiza, preferencialmente, no dorso dos dedos como uma excrescência alongada, verticalizada, de base estreita e consistência endurecida.
O fibroqueratoma também é denominado fibroma duro em contraposição aos fibromas moles ou pólipos fibroepiteliais. Ambos são forrados pelo epitélio de revestimento, a epiderme, mais fina nos fibromas moles e mais espessa nos fibromas duros. O centro é feito de derme, a camada da pele subjacente à epiderme, mas nos fibromas, tanto moles quanto duros, está desprovida de pelos e glândulas de suor.
A derme é um tecido fibroso formado por fibras colágenas que circundam vasos. Ela pode ser frouxa na porção mais alta ou formar feixes espessos na porção inferior. Esse tecido, na pele normal, é o responsável pela grande resistência que a pele tem ao ser tracionada, já que os feixes de fibras colágenas são entrelaçados e correm em várias direções de forma paralela à superfície.
O fibroma mole tem o centro feito de derme frouxa, daí a sua consistência macia. Já o fibroqueratoma digital adquirido é feito de feixes espessos e verticalizados, o que originou o termo fibroma duro.
O fibroqueratoma digital adquirido pode ser confundido clinicamente com um dedo supranumerário. Nesse, além de presente ao nascimento, encontram-se numerosos filetes de nervos, o que o distingue histologicamente do fibroqueratoma. Existem, ainda, os fibromas periungueais, normalmente múltiplos e ricamente vascularizados.
Não há sintomas, embora a lesão possa ser traumatizada com frequência e, por isso, inflamar.
O tratamento é cirúrgico, bastando a excisão por “shaving” para remoção.
Fonte.: http://www.sbd.org.br/doenca/fibroqueratoma-digital-adquirido/