Herpes Zoster

O que é

Herpes é uma doença causada por dois tipos de vírus: o Vírus Varicela-Zóster (VVZ), que causa catapora (varicela) e também o popularmente conhecido cobreiro (herpes zóster) e os herpesvírus tipo 1 e tipo 2, que causam o chamado herpes simplex.

O herpes zóster pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em pacientes de meia-idade ou idosos, que na infância ou adolescência tiveram varicela (catapora) ou infecção viral subclínica, que ficou latente no gânglio nervoso ao lado da coluna vertebral, por anos ou décadas.

O herpes zóster pode surgir em situações de imunodepressão medicamentosa, pelo emprego de drogas imunossupressoras no tratamento de doenças autoimunes, neoplasias ou inflamatórias.

Também pode surgir como infecção oportunista em transplantados de órgãos ou indivíduos infectados pelo vírus HIV (causador da Aids), ou mesmo em pessoas sem qualquer doença interna grave.

Caso não seja adequadamente tratado com medicações antivirais, o herpes zóster pode deixar cicatrizes inestéticas, manchas e até mesmo determinar a chamada “neuralgia pós-herpética”. Esta última, por inflamação e destruição parcial de fibras nervosas pelo dano causado pelo vírus, deixa uma dor crônica persistente e que demanda analgésicos potentes e outras medicações de uso neurológico para tratá-la.

Sintomas

Geralmente, se manifesta por vesículas (pequenas bolhas de água menores que 1 cm de diâmetro) que vão se agrupando até formar bolhas. Elas se distribuem de forma linear, seguindo o trajeto de um nervo, a partir da coluna vertebral que alcança a pele. Pode haver variados graus de dor ou queimação local, sintomas os quais geralmente precedem o surgimento das lesões na pele, podendo ser confundidos com dor de inflamação da vesícula biliar ou dor de origem cardíaca, dependendo do local em que o vírus prolifera na área do respectivo nervo que inerva essa região do corpo.

Vale ressaltar que enquanto as vesículas estiverem presentes com seu conteúdo líquido, tanto no herpes simplex quanto na Varicela-Zóster, elas são infectantes. Um simples contato das mãos com as vesículas pode transferir o vírus para outras áreas do corpo, inclusive os olhos e também para parceiros em contato pele com pele ou mucosa.

Quando as vesículas rompem, surgem pequenas ulcerações (feridas rasas) cobertas de crostas e, depois, há re-epitelização da pele ou mucosa, sendo que nessa fase a doença não é mais contagiosa. Em geral, as infecções herpéticas em indivíduos com imunidade normal duram entre sete a 14 dias, porém sempre um médico deve ser consultado para se certificar do diagnóstico, bem como indicar o melhor tratamento para aquela forma de apresentação da doença.

Tratamento

O tratamento é individualizado e só o médico poderá indicar qual o melhor para cada caso. Procurar o médico imediatamente quando surgirem os primeiros sintomas é essencial para o diagnóstico e tratamento adequados.

Prevenção

Cuidados com higiene e atenção aos hábitos diários pode ajudar na prevenção.  Exemplos: só manter relação sexual com preservativo, não beijar a boca de alguém com lesões, não utilizar objetos íntimos de outras pessoas e não tocar na pele de pacientes com a doença em sua fase ativa.

Qualquer pessoa que teve catapora poderá desenvolver herpes zóster, porém, como a incubação costuma ser longa, a maioria dos casos surge na meia idade. Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou uma vacina para o público na faixa dos 50 anos.

Fonte.: http://www.sbd.org.br/doenca/herpes-zoster/

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