O que é
É uma infecção causada por fungos que se alimentam da queratina, proteína que forma a maior parte das unhas. As dos pés são as mais afetadas por enfrentarem ambientes úmidos, escuros e quentes com maior frequência do que as das mãos. Esse ambiente é considerado ideal para o crescimento dos fungos.
Veja alguns tipos de micoses de unhas:
Descolamento da borda livre: forma mais frequente, nela a unha se descola, geralmente iniciando o processo pelos cantos. O espaço fica oco, podendo acumular restos de queratina e bactérias, além dos fungos. O aspecto é amarelado ou esbranquiçado. Porém, nem toda a unha que está descolada sofre de micose. Isso pode surgir pelo trauma de unhas compridas nos sapatos, e em pessoas que correm ou praticam esportes de impacto como tênis e futebol.
Espessamento: ocorre quando as unhas ficam mais duras, grossas e, geralmente, também escurecidas, podendo até doer. A micose pode levar a unha a adquirir um aspecto grosso, chamado popularmente de “unha de telha” ou “unha de gavião”. Nem toda unha com esse aspecto, necessariamente, sofre de micose. Isso pode acontecer somente pelo uso de sapatos apertados durante muitos anos.
Leuconíquia: descoloração esbranquiçada na superfície das unhas. Pode ser o início de uma micose ou decorrente do envelhecimento dos esmaltes sobre as unhas.
Destruição e deformidades: quando a unha fica frágil e quebradiça, o que pode levar às mais diversas deformidades.
Paroníquia: infecção conhecida popularmente como “unheiro” ou “mão de lavadeira”, geralmente causada por um tipo de fungo, a Candida, mesma que pode surgir em pacientes com corrimento vaginal. Trata-se de um fungo oportunista, mas que não é o culpado do surgimento desse tipo de problema, mas que ajuda a piorar o quadro. Inicialmente há inflamação, com dor e vermelhidão da pele ao redor da unha. Isso acaba se tornando crônico e leva à perda da cutícula, que deixa de nascer. Com o tempo, a inflamação cede e há um aumento da pele dessa região, que se torna espessada e endurecida. Nesse momento, começa a ocorrer uma alteração no formato da unha que passa a crescer ondulada e com alterações na superfície e na cor.
Essa inflamação da pele ao redor da unha, ou seja, do tecido periungueal, pode ser provocada por fungos e bactérias, mas a principal causa é a umidade constante da mão, principalmente em pessoas que manipulam muito a água e os produtos de limpeza.
Tratamento
Os tratamentos podem ser de uso local, sob a forma de cremes, soluções ou esmaltes. Em caso de acometimentos superiores a 30% de uma unha, ou de várias unhas ao mesmo tempo, é necessário também o tratamento via oral. A duração é, em média, de seis meses, podendo chegar a um ano, pois depende do crescimento das unhas, que é lento. A persistência é fundamental para o sucesso.
O tratamento deve ser orientado por um dermatologista. Nunca se deve partir para a automedicação, pois ela pode mascarar os sintomas. Importante: não interromper o tratamento antes do tempo recomendado pelo dermatologista, mesmo achando que a unha melhorou, pois a infecção pode ainda estar presente. A desistência pode levar a uma “cura” incompleta.
O tratamento da paroníquia pode requerer uma intervenção cirúrgica, por isso é muito importante evitar o contato com água, além de sempre usar luvas.
As alterações nas unhas podem ser uma manifestação de uma doença sistêmica. Portanto, o correto é evitar terapias caseiras e indicações de profissionais não médicos para tratar qualquer lesão ungueal ou periungueal. O melhor é sempre procurar um médico dermatologista.